• Enunciar os constituintes do aparelho reprodutor masculino e feminino, referindo os órgãos externos e internos e glândulas anexas;
• Descrever as funções de cada um dos órgãos;
• Associar as funções dos constituintes dos testículos às estruturas e ao processo de espermatogénese e a produção de hormonas;
• Identificar as partes constituintes do espermatozóide e associa-las às suas funções;
• Associar os órgãos femininos ao processo de oogénese e o desenvolvimento folicular;
• Explicar os fenómenos que ocorrem no ciclo ovárico e uterino;
• Descrever as diferenças entre folículos primordiais e o folículo maduro;
• Descrever o controlo hormonal da reprodução na mulher, enunciando as hormonas e os mecanismos envolvidos;
• Identificar as diferentes fases do ciclo ovárico e ciclo uterino, bem como os processos que ocorrem em cada uma delas;
• Identificar as fases do desenvolvimento embrionário;
• Descrever as principais funções da placenta no desenvolvimento do novo ser;
• Reconhecer a importância do controlo hormonal no nascimento e na alimentação do recém-nascido;
• Identificar as hormonas envolvidas no controlo do parto e do aleitamento;
• Compreender os mecanismos de retrocontrolo promovido pela HCG.
domingo, 27 de setembro de 2009
Desenvolvimento embrionário e gestação
A fusão dos dois pró – núcleos origina o zigoto. Até às 8 semanas de gestação formam-se os principais órgãos e o novo ser humano designa-se embrião. A partir daí designa-se feto. 6 a 7 dias após a fecundação, o embrião implanta-se no endométrio uterino onde continua o seu desenvolvimento – nidação.
As etapas do desenvolvimento embrionário são:
1. Segmentação: divisões celulares sucessivas que não são acompanhadas pelo crescimento das células. As primeiras divisões originam uma esfera compacta de células, a Mórula. Posteriormente, surge uma cavidade no interior e forma-se uma esfera oca, o Blastocisto - cada célula que o rodeia é um Blastómero, a cavidade é o Blastocélio e a camada de células que o rodeia é o trofoblasto ou blastoderme. Nesta etapa, todas as células do embrião são pluripotentes. Sete dias após a fecundação o Blastocisto implanta-se no útero – e a Nidação.
O Blastocisto produz uma hormona, a Gonadotrofina Coriónica Humana (HCG) que impede a degeneração do corpo amarelo e a consequente expulsão do endométrio.

2. Gastrulação: As células do Blastocisto rearranjam-se e formam a Gástrula, que é um embrião com 3 Camadas Germinativas: endoderme (origina o revestimento do tubo digestivo, o fígado, o pâncreas e os pulmões), ectoderme (origina sistema nervoso) e epiderme (origina pele e órgãos dos sentidos), a mesoderme desenvolve-se no esqueleto, músculos, sistema circulatório e reprodutor.

3. Diferenciação Celular: As interacções entre as células embrionárias induzem alterações nas expressões dos genes em diversos sentidos – indução embrionária.
Anexos Embrionários:•
Âmnio: membrana protectora fina que cresce à volta do embrião durante a terceira e quarta semanas, acabando por o encerrar num saco membranoso, o saco amniótico, onde se encontra o líquido amniótico. Amortece contra choques mecânicos, protege o embrião da dissecação e mantém a temperatura constante.
Placenta: Disco achatado que envolve a cavidade uterina e através do qual se verificam trocas de nutrientes, gases e resíduos entre o sangue materno e o do embrião ou feto. A Placenta tem origem mista e é formada à custa do córion do embrião e do endométrio uterino. Na nidação, os prolongamentos do trofoblasto (as vilosidades coriónicas) mergulham no endométrio uterino cujos vasos sanguíneos sofrem digestão enzimática, originando as lacunas cheias de sangue. Uma fina camada de células separa o sangue materno (que se preenche nas lacunas de sangue) do sangue do embrião ou feto que circula pelos capilares sanguíneos das vilosidades coriónicas. É através desta camada que se efectuam as trocas, sem que se verifique mistura de sangue. A Placenta produz hormonas responsáveis pela manutenção da gravidez - como o embrião jovem começa logo a segregar HCG, impedindo a degeneração do corpo amarelo, mantendo portanto a concentração de estrogénios e de progesterona, o endométrio mantém-se; a Placenta, uma vez formada, substitui o corpo amarelo na produção de estrogénios e de progesterona e o corpo amarelo degenera em função da diminuição da HCG. É por isso que é possível detectar a gravidez por testes de urina, pois o embrião jovem produz HCG que é detectada na urina.
Cordão Umbilical: É constituído por duas artérias e uma veia, envolvidas por tecido conjuntivo. Estabelece a ligação entre o sistema circulatório do embrião e a placenta.
Saco Vitelino: Surge na segunda metade de desenvolvimento. Produz o sangue do embrião até que o fígado comece a funcionar. Uma parte do saco vitelino transforma-se no tubo digestivo e outra é integrada no cordão umbilical.
Alantóide: Aparece durante a terceira semana, inicialmente é responsável pela formação de células sanguíneas do embrião e mais tarde dá origem às artérias e à veia do cordão umbilical.

A progesterona é responsável pela manutenção do endométrio uterino e os estrogénios expandem o útero. Estas duas hormonas actuam também na maturação das glândulas mamárias.
No final da gestação o feto produz oxitocina, assim como a hipófise posterior (mecanismo de retroalimentação positiva).
Ocorre também a diminuição da concentração de progesterona ao nível do miométrio, o que conduz ao domínio de estrogénios. A dominância de estrogénios leva à contracção dos músculos uterinos, favorecendo a deslocação do feto para o colo do útero. A pressão exercida pelo feto no colo do útero estimula o hipotálamo a estimular a hipófise posterior a produzir também oxitocina. A oxitocina estimula as contracções do miométrio, que aumentam as contracções novamente a produção de oxitocina, até à expulsão do feto.
Após o nascimento e a eliminação da placenta, as concentrações de estrogénios e progesterona diminuem, o que estimula a secreção de prolactina pela hipófise anterior. A prolactina actua ao nível das glândulas mamárias, estimulando a produção de colostro (rico em proteínas e anti-corpos) nos primeiros dias e leite, que tem início 2 a 3 dias após o parto. Durante o aleitamento, as mamadas do bebé estimulam a libertação de oxitocina e de prolactina pela hipófise. A oxitocina estimula a contracção das células que rodeiam os alvéolos mamários e a libertação do leite, enquanto que a prolactina estimula a produção do leite da refeição seguinte.
As etapas do desenvolvimento embrionário são:
1. Segmentação: divisões celulares sucessivas que não são acompanhadas pelo crescimento das células. As primeiras divisões originam uma esfera compacta de células, a Mórula. Posteriormente, surge uma cavidade no interior e forma-se uma esfera oca, o Blastocisto - cada célula que o rodeia é um Blastómero, a cavidade é o Blastocélio e a camada de células que o rodeia é o trofoblasto ou blastoderme. Nesta etapa, todas as células do embrião são pluripotentes. Sete dias após a fecundação o Blastocisto implanta-se no útero – e a Nidação.
O Blastocisto produz uma hormona, a Gonadotrofina Coriónica Humana (HCG) que impede a degeneração do corpo amarelo e a consequente expulsão do endométrio.

2. Gastrulação: As células do Blastocisto rearranjam-se e formam a Gástrula, que é um embrião com 3 Camadas Germinativas: endoderme (origina o revestimento do tubo digestivo, o fígado, o pâncreas e os pulmões), ectoderme (origina sistema nervoso) e epiderme (origina pele e órgãos dos sentidos), a mesoderme desenvolve-se no esqueleto, músculos, sistema circulatório e reprodutor.

3. Diferenciação Celular: As interacções entre as células embrionárias induzem alterações nas expressões dos genes em diversos sentidos – indução embrionária.
Anexos Embrionários:•
Âmnio: membrana protectora fina que cresce à volta do embrião durante a terceira e quarta semanas, acabando por o encerrar num saco membranoso, o saco amniótico, onde se encontra o líquido amniótico. Amortece contra choques mecânicos, protege o embrião da dissecação e mantém a temperatura constante.
Placenta: Disco achatado que envolve a cavidade uterina e através do qual se verificam trocas de nutrientes, gases e resíduos entre o sangue materno e o do embrião ou feto. A Placenta tem origem mista e é formada à custa do córion do embrião e do endométrio uterino. Na nidação, os prolongamentos do trofoblasto (as vilosidades coriónicas) mergulham no endométrio uterino cujos vasos sanguíneos sofrem digestão enzimática, originando as lacunas cheias de sangue. Uma fina camada de células separa o sangue materno (que se preenche nas lacunas de sangue) do sangue do embrião ou feto que circula pelos capilares sanguíneos das vilosidades coriónicas. É através desta camada que se efectuam as trocas, sem que se verifique mistura de sangue. A Placenta produz hormonas responsáveis pela manutenção da gravidez - como o embrião jovem começa logo a segregar HCG, impedindo a degeneração do corpo amarelo, mantendo portanto a concentração de estrogénios e de progesterona, o endométrio mantém-se; a Placenta, uma vez formada, substitui o corpo amarelo na produção de estrogénios e de progesterona e o corpo amarelo degenera em função da diminuição da HCG. É por isso que é possível detectar a gravidez por testes de urina, pois o embrião jovem produz HCG que é detectada na urina.
Cordão Umbilical: É constituído por duas artérias e uma veia, envolvidas por tecido conjuntivo. Estabelece a ligação entre o sistema circulatório do embrião e a placenta.
Saco Vitelino: Surge na segunda metade de desenvolvimento. Produz o sangue do embrião até que o fígado comece a funcionar. Uma parte do saco vitelino transforma-se no tubo digestivo e outra é integrada no cordão umbilical.
Alantóide: Aparece durante a terceira semana, inicialmente é responsável pela formação de células sanguíneas do embrião e mais tarde dá origem às artérias e à veia do cordão umbilical.

A progesterona é responsável pela manutenção do endométrio uterino e os estrogénios expandem o útero. Estas duas hormonas actuam também na maturação das glândulas mamárias.
No final da gestação o feto produz oxitocina, assim como a hipófise posterior (mecanismo de retroalimentação positiva).
Ocorre também a diminuição da concentração de progesterona ao nível do miométrio, o que conduz ao domínio de estrogénios. A dominância de estrogénios leva à contracção dos músculos uterinos, favorecendo a deslocação do feto para o colo do útero. A pressão exercida pelo feto no colo do útero estimula o hipotálamo a estimular a hipófise posterior a produzir também oxitocina. A oxitocina estimula as contracções do miométrio, que aumentam as contracções novamente a produção de oxitocina, até à expulsão do feto.
Após o nascimento e a eliminação da placenta, as concentrações de estrogénios e progesterona diminuem, o que estimula a secreção de prolactina pela hipófise anterior. A prolactina actua ao nível das glândulas mamárias, estimulando a produção de colostro (rico em proteínas e anti-corpos) nos primeiros dias e leite, que tem início 2 a 3 dias após o parto. Durante o aleitamento, as mamadas do bebé estimulam a libertação de oxitocina e de prolactina pela hipófise. A oxitocina estimula a contracção das células que rodeiam os alvéolos mamários e a libertação do leite, enquanto que a prolactina estimula a produção do leite da refeição seguinte.
Fecundação

A fecundação ocorre nas Trompas de Falópio. Nas Trompas de Falópio vários espermatozóides rodeiam o oócito II. Um dos espermatozóides atinge a zona pelúcida, que tem uma proteína (ZP3) receptora dos espermatozóides, ligando-se a uma molécula complementar na superfície da cabeça do espermatozóide. A ligação da cabeça do espermatozóide com a molécula receptora induz a libertação do conteúdo do acrossoma – reacção acrossómica.
As enzimas proteolíticas permitem que a cabeça do espermatozóide atinja a membrana citoplasmática do oócito e as duas membranas fundem-se.Esta fusão causa a despolarização da membrana do oócito.
Os grânulos corticais do citoplasma do oócito libertam o seu conteúdo por exocitose para fora da célula, aumenta assim o espaço perivitelino que funciona como uma barreira à polispermia.
Quando ocorre a entrada da cabeça do espermatozóide o núcleo do oócito completa a segunda divisão da meiose, dando origem ao segundo glóbulo polar e ao pró-núcleo feminino, que se desloca para o centro do óvulo. O núcleo do espermatozóide aumenta de tamanho e transforma-se no pró – núcleo masculino.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Regulação hormonal nas mulheres
Mecanismos de retroalimentação positiva e negativa.
GnRH é produzida pelo hipotálamo e actua na hipófise anterior, estimulando a secreção de LH e FSH. FSH e LH actuam nos ovários.
FSH actua ao nível do desenvolvimento dos folículos, que começam a produzir estrogénios. LH estimula a ovulação e o desenvolvimento do corpo amarelo.
O aumento progressivo da concentração de estrogénios (no mecanismo de retroalimentação positiva) até à altura da ovulação, induz a proliferação das células do endométrio uterino (fase proliferativa do ciclo uterino) e estimula a síntese de moléculas receptoras de progesterona.
Após a ovulação, a LH, com valor elevado, estimula o desenvolvimento do corpo lúteo, que produz grandes quantidades de progesterona e também, embora mais baixas, de estrogénios.
A progesterona liga-se aos receptores do endométrio uterino que se hipertrofiam e se tornam secretoras (fase secretora do ciclo uterino). As hormonas produzidas pelo corpo lúteo têm efeito de retroalimentação negativa, fazendo baixar LH e FSH. A diminuição da LH causa a degeneração do corpo amarelo.
A diminuição das concentrações de estrogénios e progesterona estimulam as contracções uterinas e o desprendimento do endométrio. Faz aumentar FSH e estimula um novo desenvolvimento folicular.
Fases da Oógenese

As 3 fases da Oógenese são:
1. Multiplicação: as oógonias dividem-se por mitose durante o desenvolvimento embrionário.
2. Crescimento: ainda durante o desenvolvimento embrionário, algumas oogónias aumentam de tamanho e acumulam substâncias de reserva.
3. Maturação: Antes do nascimento inicia-se a meiose, mas pára em Profase I. As células então formadas chama-se oócitos I e ficam encerradas dentro dos folículos primordiais. As oogónias degeneram, bem como muitos oócitos I.

Sistema Reprodutor Feminino:
A Oogénese começa nos ovários, no interior dos folículos ováricos e conclui-se nas Trompas de Falópio, momento da fecundação. Tem início durante o desenvolvimento embrionário e pode ocorrer até à menopausa.
Os ovários estão cobertos por uma túnica albugínea. Dividem-se em duas regiões: uma zona cortical mais densa e periférica, contendo numerosos folículos em desenvolvimento e uma zona medular, mais interior, que contém vasos sanguíneos e nervos.
Na altura do nascimento, o ovário possui inúmeros folículos primordiais (oócito I + zona granulosa). A partir da puberdade, mensalmente, vários folículos primordiais iniciam uma série de transformações e um deles transforma-se num folículo maduro ou folículo de Graaf. Os restantes folículos que iniciam o desenvolvimento degeneram.
Transformações que dão origem a um folículo de Graaf:
1. Oócito aumenta de tamanho
2. Células da zona granulosa crescem e multiplicam-se – a zona passa a ter várias camadas celulares
3. Forma-se a zona pelúcida, constituída por glicoproteínas.
4. Forma-se uma cápsula com duas camadas – Tecas – a mais interior tem função secretora.
5. Surgem vesículas cheias de líquido entre as células da zona granulosa, que se fundem e formam a Cavidade Folicular ou Antro
6. O oócito situa-se na extremidade oposta à cavidade folicular.
O líquido produzido pelas células foliculares faz aumentar a pressão dentro do
folículo que se expande e rompe – Ovulação.
Após a ovulação, as células da zona granulosa e a teca interna tornam-se secretoras, formando o corpo lúteo ou amarelo que, se não houver gravidez, degenera ao fim de alguns dias.
Controlo Hormonal no Homem

No homem, as gónadas são os testículos, constituídos por túbulos seminíferos enoveladosque produzem espermatozóides e hormonas masculinas. Localizam-se no
escroto.
No homem a regulação hormonal ocorre do seguinte modo:
1. Neurónios do hipotálamo libertam GnRH para a hipófise.
2. O aumento da concentração de GnRH leva à segregação das hormonas gonadotróficas pela hipófise anterior: LH e FSH.
3. LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona.
4. FSH liga-se ás células de Sertoli e estimula o desenvolvimento dos espermatozóides.
Retroalimentação negativa: níveis elevados de testosterona inibem a secreção de GnRH pelo hipotálamo e as concentrações de LH e FSH baixam.

Os espermatozóides são células alongadas com 3 regiões:
1. Cabeça: onde se localiza o núcleo, contendo os cromossomas. Possuí na extremidade uma cápsula chamada acrossoma, que contém enzimas hidrolíticas necessárias à penetração no oócito.
2. Peça intermédia: com numerosas mitocôndrias que produzem o ATP necessário para o movimento do espermatozóide.
3. Cauda: flagelo que se movimenta.
Os espermatozóides são libertados no lúmen dos túbulos seminíferos.
As células de Sertoli possuem receptores de testosterona e recebem testosterona produzida pelas células de Leydig.
As células de Sertoli controlam o processo de espermiogénese. Contribuem para a nutrição das células germinativas e isolam os espermatozóides do sistema imunitário.
A testosterona influencia:
- O desenvolvimento das estruturas reprodutoras e a manutenção das suas
capacidades funcionais;
- O desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários;
- O controlo da formação de espermatozóides;
- A maior probabilidade no desenvolvimento de comportamentos, como a agressividade.
Os espermatozóides são lançados para o lúmen dos túbulos seminíferos e daí para o epidídimo, onde amadurecem e são armazenados. Passam depois para os canais deferentes, onde se juntam os líquidos produzidos pelas vesículas seminais e pela próstata e daí para a uretra.
As vesículas seminais produzem o líquido seminal, rico em açúcares e
alcalino. A Próstata produz o líquido prostático, alcalino que é lançado na uretra.
As Glândulas de Cowper segregam uma substância mucosa que é expulsa antes da ejaculação e que neutraliza a acidez da uretra.
domingo, 20 de setembro de 2009

Tema 1 – Reprodução e Manipulação da Fertilidade
Sistema Reprodutor Masculino:
A Espermatogénese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos, inicia-se na puberdade e prolonga-se por toda a vida.
A localização dos testículos fora do corpo, faz com que estejam expostos a uma temperatura favorável para a produção de espermatozóides (menos 2ºC que o organismo).
Os testículos são revestidos externamente por uma cápsula albugínea que forma septos incompletos. Os septos dividem os testículos em cerca de 300 a 400 lóbulos de forma cónica.
Nos lóbulos existem os túbulos seminíferos, onde são produzidos os espermatozóides e as células de Leydig, que produzem hormonas masculinas ou androgénios. O principal androgénio é a testosterona.
Dentro dos túbulos seminíferos existem dois tipos de células: as germinativas e
as de Sertoli.
As células de Sertoli são células de grandes dimensões que se prolongam desde a periferia até ao lúmen dos túbulos seminíferos e as suas membranas aderem umas às outras .
Entre as células de Sertoli existem as espermatogónias, que proliferam continuamente. Uma parte das espermatogónias sofre diferenciação que leva à
formação dos espermatozóides.
O desenvolvimento dos espermatozóides ocorre da periferia para o centro do túbulo seminífero.
A Espermatogénese tem 4 fases:
1. Multiplicação: as espermatogónias dividem-se continuamente por
mitose, aumentando em número. Este processo inicia-se na puberdade.
2. Crescimento: algumas espermatogónias iniciam um processo de intensa biossíntese, aumentam de tamanho e acumulam substâncias de reserva, passando a chamar-se espermatócitos I – células diplóides.
3. Maturação: os espermatócitos I sofrem a primeira divisão da meiose, passado a dois espermatócitos II. Cada um dos espermatócitos II sofre a segunda divisão da meiose e origina dois espermatídeos.
4. Diferenciação: Os espermatídeos sofrem a espermiogénese, processo de diferenciação mediante o qual desenvolvem uma cabeça, uma peça intermédia e uma cauda, constituindo um espermatozóide.
Assim: uma espermatogónia origina um espermatócito I, que se divide por meiose e origina dois espermatócitos II no final da primeira divisão e cada uma desses espermatócitos II origina dois espermatídeos, que originam um espermatozóide cada. Portanto, uma espermatogónia origina 4 espermatozóides.
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