As etapas do desenvolvimento embrionário são:
1. Segmentação: divisões celulares sucessivas que não são acompanhadas pelo crescimento das células. As primeiras divisões originam uma esfera compacta de células, a Mórula. Posteriormente, surge uma cavidade no interior e forma-se uma esfera oca, o Blastocisto - cada célula que o rodeia é um Blastómero, a cavidade é o Blastocélio e a camada de células que o rodeia é o trofoblasto ou blastoderme. Nesta etapa, todas as células do embrião são pluripotentes. Sete dias após a fecundação o Blastocisto implanta-se no útero – e a Nidação.
O Blastocisto produz uma hormona, a Gonadotrofina Coriónica Humana (HCG) que impede a degeneração do corpo amarelo e a consequente expulsão do endométrio.

2. Gastrulação: As células do Blastocisto rearranjam-se e formam a Gástrula, que é um embrião com 3 Camadas Germinativas: endoderme (origina o revestimento do tubo digestivo, o fígado, o pâncreas e os pulmões), ectoderme (origina sistema nervoso) e epiderme (origina pele e órgãos dos sentidos), a mesoderme desenvolve-se no esqueleto, músculos, sistema circulatório e reprodutor.

3. Diferenciação Celular: As interacções entre as células embrionárias induzem alterações nas expressões dos genes em diversos sentidos – indução embrionária.
Anexos Embrionários:•
Âmnio: membrana protectora fina que cresce à volta do embrião durante a terceira e quarta semanas, acabando por o encerrar num saco membranoso, o saco amniótico, onde se encontra o líquido amniótico. Amortece contra choques mecânicos, protege o embrião da dissecação e mantém a temperatura constante.
Placenta: Disco achatado que envolve a cavidade uterina e através do qual se verificam trocas de nutrientes, gases e resíduos entre o sangue materno e o do embrião ou feto. A Placenta tem origem mista e é formada à custa do córion do embrião e do endométrio uterino. Na nidação, os prolongamentos do trofoblasto (as vilosidades coriónicas) mergulham no endométrio uterino cujos vasos sanguíneos sofrem digestão enzimática, originando as lacunas cheias de sangue. Uma fina camada de células separa o sangue materno (que se preenche nas lacunas de sangue) do sangue do embrião ou feto que circula pelos capilares sanguíneos das vilosidades coriónicas. É através desta camada que se efectuam as trocas, sem que se verifique mistura de sangue. A Placenta produz hormonas responsáveis pela manutenção da gravidez - como o embrião jovem começa logo a segregar HCG, impedindo a degeneração do corpo amarelo, mantendo portanto a concentração de estrogénios e de progesterona, o endométrio mantém-se; a Placenta, uma vez formada, substitui o corpo amarelo na produção de estrogénios e de progesterona e o corpo amarelo degenera em função da diminuição da HCG. É por isso que é possível detectar a gravidez por testes de urina, pois o embrião jovem produz HCG que é detectada na urina.
Cordão Umbilical: É constituído por duas artérias e uma veia, envolvidas por tecido conjuntivo. Estabelece a ligação entre o sistema circulatório do embrião e a placenta.
Saco Vitelino: Surge na segunda metade de desenvolvimento. Produz o sangue do embrião até que o fígado comece a funcionar. Uma parte do saco vitelino transforma-se no tubo digestivo e outra é integrada no cordão umbilical.
Alantóide: Aparece durante a terceira semana, inicialmente é responsável pela formação de células sanguíneas do embrião e mais tarde dá origem às artérias e à veia do cordão umbilical.

A progesterona é responsável pela manutenção do endométrio uterino e os estrogénios expandem o útero. Estas duas hormonas actuam também na maturação das glândulas mamárias.
No final da gestação o feto produz oxitocina, assim como a hipófise posterior (mecanismo de retroalimentação positiva).
Ocorre também a diminuição da concentração de progesterona ao nível do miométrio, o que conduz ao domínio de estrogénios. A dominância de estrogénios leva à contracção dos músculos uterinos, favorecendo a deslocação do feto para o colo do útero. A pressão exercida pelo feto no colo do útero estimula o hipotálamo a estimular a hipófise posterior a produzir também oxitocina. A oxitocina estimula as contracções do miométrio, que aumentam as contracções novamente a produção de oxitocina, até à expulsão do feto.
Após o nascimento e a eliminação da placenta, as concentrações de estrogénios e progesterona diminuem, o que estimula a secreção de prolactina pela hipófise anterior. A prolactina actua ao nível das glândulas mamárias, estimulando a produção de colostro (rico em proteínas e anti-corpos) nos primeiros dias e leite, que tem início 2 a 3 dias após o parto. Durante o aleitamento, as mamadas do bebé estimulam a libertação de oxitocina e de prolactina pela hipófise. A oxitocina estimula a contracção das células que rodeiam os alvéolos mamários e a libertação do leite, enquanto que a prolactina estimula a produção do leite da refeição seguinte.
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